O universo dos cartões pré-pagos vive um momento de transformação e expansão no Brasil, abrindo portas para novas oportunidades de consumo e gestão financeira.
Os cartões pré-pagos são instrumentos financeiros que permitem ao usuário carregar um valor pré-determinado e usar o saldo em compras físicas e online.
Sem necessidade de conta bancária ou análise de crédito, essa solução democratiza o acesso ao mundo dos pagamentos eletrônicos.
O setor de cartões pré-pagos registrou, em 2024, um volume movimentado de R$ 379,4 bilhões, representando um crescimento recorde no mercado de 18,1% sobre 2023.
Foram 9,2 bilhões de transações realizadas no mesmo período, um aumento de 14,5% ante o ano anterior. No primeiro trimestre de 2025, o valor movimentado chegou a R$ 93,5 bilhões, com impressionantes 27,9% de expansão.
Ao final de junho de 2025, o Brasil contava com 74,3 milhões de cartões pré-pagos ativos, consolidando essa modalidade como a de maior crescimento entre os meios eletrônicos.
Para o consumidor, o cartão pré-pago oferece segurança total contra endividamento e controle rígido dos gastos, visto que só é possível gastar o valor carregado.
Ele é ideal para jovens, idosos, migrantes e pessoas com restrições de crédito, além de permitir compras em lojas físicas e virtuais sem burocracia.
Já as empresas encontram nesse modelo controle de despesas instantâneo e redução de riscos operacionais, facilitando a gestão de benefícios corporativos e pagamentos a parceiros.
A evolução dos pagamentos por aproximação (NFC) impactou fortemente os cartões pré-pagos em 2024, com um crescimento de 56,8% no uso dessa tecnologia.
Os cartões virtuais, integrados a aplicativos móveis, reforçam a conveniência do consumidor, proporcionando experiência de compra sem fronteiras no ambiente online e presencial.
O Pix também se integrou a muitas plataformas de emissão de pré-pagos, permitindo recargas instantâneas e ampliando a flexibilidade de uso.
Em regiões com menor bancarização, especialmente no Nordeste, o uso de cartões pré-pagos cresceu 16,8% no primeiro semestre de 2025.
Essa ferramenta representa inclusão financeira para todos, oferecendo uma porta de entrada para serviços digitais, pagamentos de contas e compras sem necessidade de conta bancária.
Fintechs e bancos digitais vêm apostando em soluções de Banking as a Service para levar cartões pré-pagos personalizados a públicos vulneráveis.
O crescimento acelerado traz desafios regulatórios e financeiros que exigem atenção:
Por outro lado, o mercado apresenta oportunidades promissoras:
Em comparação com crédito e débito, os cartões pré-pagos apresentam características únicas que podem ser decisivas para determinados perfis de consumidores e empresas.
O tíquete médio de R$ 41,08 no primeiro trimestre de 2025 demonstra a adequação dos pré-pagos a compras de baixo e médio valor.
Fintechs que adotaram o modelo BaaS relataram reduziram custos de emissão em 30% e conquistaram altos índices de satisfação dos usuários.
Grandes varejistas, ao personalizar seus cartões, observaram aumento no engajamento dos clientes e maior fidelização, especialmente em programas de recompensas.
As projeções indicam que, até 2028, os cartões pré-pagos poderão movimentar mais de R$ 500 bilhões, impulsionados por novas tecnologias e práticas sustentáveis.
O uso de inteligência artificial para análise de dados e oferta de produtos personalizados deverá ser um diferencial competitivo nos próximos anos.
Além disso, a integração com sistemas de open banking e a expansão internacional de soluções BaaS prometem elevar o setor a um novo patamar.
Os cartões pré-pagos representam uma solução prática e acessível para quem busca controle financeiro, segurança e inclusão.
Seja para uso pessoal ou para operações corporativas, essa modalidade tem potencial para revolucionar a forma como pagamos e gerenciamos recursos.
Investir em cartões pré-pagos hoje é apostar em um futuro de inovação, eficiência e democratização dos serviços financeiros.
Referências