Imagine um mundo onde cada ação no seu aplicativo de entrega, transporte ou e-commerce já inclua tudo o que você precisa para gerenciar seu dinheiro. Esse cenário está se tornando realidade graças às finanças embarcadas, que transformam a experiência digital.
Ao integrar serviços antes restritos ao setor bancário em aplicações do dia a dia, as finanças embarcadas prometem agilidade, conveniência e novos negócios. Neste artigo, exploramos em detalhes esse fenômeno revolucionário.
As finanças embarcadas significam a integração de serviços financeiros (pagamentos, crédito, seguros, investimentos) em plataformas de empresas não financeiras. Sem precisar sair do app de delivery, você contrata seguro ou acessa uma conta digital.
Esse movimento ganhou força com APIs abertas, regulamentações de Open Finance e modelos Banking as a Service, que permitem a oferta de produtos bancários por meio de infraestrutura de terceiros, mantendo foco na experiência do usuário.
Para o consumidor, a conveniência é transformadora: todos os serviços ficam disponíveis no mesmo lugar, sem downloads extras ou cadastros complicados. Além disso, esse modelo traz experiência em uma única plataforma e personalização baseada em comportamento de uso.
As empresas ganham novas fontes de receita ao cobrar comissões, taxas de transação ou juros. A oferta de crédito, por exemplo, fideliza clientes e reduz o churn. Além disso, a possibilidade de entregar serviços financeiros agrega valor e torna a marca mais competitiva.
Já o sistema financeiro como um todo se beneficia de inclusão de públicos sub-bancarizados, maior eficiência operacional e custos reduzidos. A colaboração entre bancos, fintechs e plataformas não financeiras expande o alcance e estimula a inovação no setor.
O potencial das finanças embarcadas é impressionante. Veja abaixo uma projeção global e regional até 2029:
Essa expansão é impulsionada pela digitalização acelerada e pela regulamentação favorável, como o Pix e o Open Finance no Brasil, que criam ambiente propício para novos players.
Outros setores, como telecomunicações e varejo físico, já oferecem contas digitais e carteiras eletrônicas, fortalecendo o relacionamento e criando novas oportunidades de monetização.
É fundamental que as organizações invistam em auditorias, certificações e treinamentos para mitigar riscos e assegurar a conformidade.
O próximo passo do setor envolve inovação contínua e hiperpersonalização, com produtos ajustados em tempo real ao perfil de cada usuário. A análise de dados e a inteligência artificial desempenharão papel central.
Além disso, novas abordagens, como economia tokenizada e banking of things, devem levar serviços financeiros a dispositivos IoT, wearables e até eletrodomésticos conectados, criando um ecossistema verdadeiramente ubíquo.
Outro ponto crítico será o atendimento a PMEs e autônomos, oferecendo soluções de crédito, gestão de fluxo de caixa e seguros customizados, fortalecendo a base de pequenas empresas e gerando mais inclusão.
Em um cenário de rápida evolução, os bancos tradicionais tendem a se posicionar como provedores de infraestrutura, cedendo espaço para fintechs e plataformas que dominem a experiência do usuário.
Com tudo isso, as finanças embarcadas estão prestes a redefinir o conceito de serviço financeiro, tornando-o invisível, mas presente em cada interação digital.
Este é o momento para empresas de todos os setores avaliarem oportunidades de integrar soluções financeiras e antecipar demandas de consumidores cada vez mais exigentes. A revolução já começou, e quem liderar essa transformação garantirá relevância e crescimento sustentável.
Referências