A portabilidade de crédito surge como uma ferramenta poderosa para quem busca reduzir custos de encargos financeiros e reorganizar o orçamento pessoal.
Ao transferir dívidas de uma instituição para outra, o consumidor conquista juros mais atrativos e parcelas ajustadas ao seu bolso.
A portabilidade de crédito consiste na transferência de dívidas — empréstimos pessoais, financiamentos, cartão de crédito, consignado — de um banco para outro. O objetivo principal é obter melhores condições financeiras, como taxas de juros menores e prazos mais ajustados.
Instituída pelo Conselho Monetário Nacional em 2013 (Resolução CMN nº 4.292/2013), a portabilidade estimula a concorrência entre as instituições e garante direitos fundamentais ao consumidor para diminuir o Custo Efetivo Total (CET) das operações.
Ao optar pela portabilidade, você aproveita vantagens que trazem impacto imediato no bolso:
Nem todas as operações podem ser portadas, mas as principais linhas contempladas incluem:
A portabilidade é garantida pela Resolução CMN nº 4.292/2013, que obriga todas as instituições do Sistema Financeiro Nacional a viabilizar o pedido. O banco de origem não pode dificultar o processo e somente o novo banco pode recusar a compra da dívida.
Para o consignado INSS, a autorização ocorre via sistema público (SouGov), e o cheque especial entrou no rol em 2019 (Resolução nº 4.762/2019). O contrato original mantém saldo, número de parcelas e vencimentos, alterando apenas a taxa e o valor das prestações.
Realizar a portabilidade é bastante simples e, em sua maioria, totalmente digital. Siga este passo a passo:
Todo o processo costuma ser concluído em até 9 dias úteis, e o consumidor pode desistir em até 4 dias úteis antes do pagamento ao banco original.
O Banco Central estabelece prazos rígidos para cada etapa, garantindo mais segurança ao consumidor. Confira um resumo:
Em 2023, mais de 1 milhão de operações foram registradas, com economia média de até 30% nos juros anuais, segundo dados do mercado financeiro.
Para maximizar sua economia, considere as seguintes práticas:
Comparar taxas em diferentes bancos antes de decidir, pois a variação pode ser expressiva.
Atenha-se ao CET, que engloba juros, tarifas e tributos. Às vezes, uma taxa nominal baixa pode esconder encargos adicionais disfarçados.
Verifique o histórico e a reputação da instituição recebedora, além de checar a conveniência dos canais de atendimento.
Analise se a redução de juros resultará em parcelas menores ou apenas em prazo de pagamento estendido, o que pode encarecer o custo total.
Algumas dúvidas podem impedir a decisão pela portabilidade:
É errado confundir portabilidade com renegociação: a primeira envolve troca de instituição, a segunda ajustes no contrato original.
O banco atual pode apresentar contraproposta, mas a escolha é sempre do consumidor e não há obrigação de aceitá-la.
Operações com pendências cadastrais ou falta de adimplência podem ser naturalmente barradas, assim como contratos de leasing e algumas modalidades imobiliárias.
A portabilidade de crédito é uma alternativa prática e eficaz para quem deseja reduzir a dívida total e ganhar fôlego financeiro.
Com etapas bem definidas, sem custos ocultos e respaldo legal, qualquer pessoa física pode avaliar as melhores ofertas e economizar já.
Não deixe passar a oportunidade de revisar suas dívidas: o primeiro passo é simples e pode gerar grandes resultados no seu orçamento.
Referências